A Morte, como a sentimos?

11:39:00 Fabiano L. Lemos 0 Comments


Pense com cuidado sobre um dos assuntos mais complicados e temidos do planeta... A morte. Não a morte na figura quase humana de um ser com foice na mão, mas aquela que nos atinge a qualquer momento, aquela que nos diz que não estamos invulneráveis a nada... Ignoremos portanto aqueles que se matam por ideologias fracassadas cujo a destruição tem mais valor que a inteligência. Compreendam que estamos dentro de um contexto de probabilidades, e não temos como escapar dele. Desde que o ser humano começou a ter consciência de sua existência e da perda daqueles que gostava, ele sente esta perda como algo ligado diretamente ao desconhecido, ao tenebros mundo da escuridão e do esquecimento. O tema em si, é tão intenso, que já se escreveu toneladas de livros e gastou-se litros e litros de tinta para tentar explicar e entender o assunto. Psicólogos, médicos e terapeutas desdobram-se para dar a notícia a pessoas investidas de esperança de cura para seus entes queridos, mas estes mesmos profissionais, não estão aptos a lidar com o mesmo assunto, quando é do seu lado que ocorre. A verdade é que, o ser humano a milhões de anos nasce, cresce, se reproduz e morre, mas parece nunca ter se acostumado com o último momento. Friamente falando, estamos assim porque nunca nos é ensinado que a morte é parte essencial da vida na Terra, aprendemos que vamos viver para fazer tudo que desejamos, e que a chamada morte, é algo que só ocorre aos excluidos da sociedade, que devemos nos cuidar como se de certa forma isso nos desse, não só a chamada qualidade de vida, mas subconscientemente a eternidade... Aprendemos a vencer, mas nunca ensinam a derrota como forma de aprendizado. A morte poderia ser uma derrota se considerarmos que ela elimina tudo aquilo que desejamos fazer, sentir e ter em vida, mas, uma pergunta se faz neste momento... O que ocorre e para onde vamos quando morremos? Teorias pseudoscientíficas, teorias religiosas e filosóficas se desentendem quando tentam explicar sobre ela, e o mais correto para alguns, é dizer simplesmente que acabou, explicando a morte como o fim de tudo... Pode ser que todos estejam certos, não na essência total de suas afirmativas, mas fragmentos delas, que, se juntas, podem explicar alguma coisa que nos faça aceitar melhor. Morte nos trás tristeza, nos trás alívio, nos trás medo, nos trás apreensão, é assunto proibido, velado, que nos trás... Tudo. É talvez o assunto mais importante e mais misterioso que a própria vida. Auto destruição, é a desistência de tudo que se pode aprender, explorar, gerar mudanças para o futuro, é tudo aquilo que nos mostra que não estamos aptos a nada. Temos insegurança, temos visões errôneas de nossa vida, perdemos a vontade de lutar, perdemos a fé em nossa capacidade e nos enchemos de culpa e auto lamentações... Parte de nossa frágil e inconsequente humanidade.  A morte natural, ou seja, aquela que não é provocada, pode ser a determinação de que algo naquele momento foi concluido, ou simplesmente o "prazo de validade" expirou, e cedemos lugar a outro. Não importa o que seja, o importante é que ela, seja qual explicação tenhamos, é real, e fortes ou fracos, heróis ou vilões, religiosos ou céticos, guerreiros ou covardes, todos nós, não queremos que o momento chegue. Erro nosso, erro de nossos pais, erro das religiões, isso agora pouco importa, cabe a nós, conscientes da existência desse fator comum aos seres deste mundo, ensinar a nosso filhos que um dia irá acontecer, e que a vida deve ser explorada ao máximo, assim, como devemos deixar para aqueles que virão depois de nós, algo de melhor do que aquilo que encontramos. Talvez levemos muito mais tempo para explicar a morte ou o que nos acontece depois, mas já que estamos aqui, façamos o melhor, escrevendo nosso nome na história.

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