O Medo

10:26:00 Fabiano L. Lemos 0 Comments



O que é o medo? Quando pensamos nesta palavra, ligamos automaticamente a coisas que possam nos fazer mal de forma direta ou indireta. Mas assim mesmo, nos perguntamos, porque sentimos medo? Sei que se eu colocar a mão no fogo, eu me queimo, mas não temo o fogo, então porque algumas pessoas tem verdadeiras fobias sobre ele? Sei que cães mordem, mas não os temo por isso, então, porque tanta gente teme cachorros? É provável que algo tenha acontecido de forma que os faça agir assim, da mesma forma que se pode temer uma variada gama de coisas, mas, e se nada tiver ocorrido? De onde veio este medo que se adquiriu? Posso considerar que sejam medos ancestrais, trazidos como uma herança genética que está instalado na parte primitiva do cérebro... Seria uma boa desculpa, mas se está lá, porque a parte mais evoluida não o superou? Perguntas, perguntas e nenhuma resposta... Esta é a questão mais importante, quando damos respostas sobre algo, nos dá a impressão de que nada mais há para ser descoberto, e sabemos muito bem que, o que nos movimenta são as perguntas. Se evoluimos a cada dia, tecnologica e culturalmente, porque ainda sentimos medo de coisas tão antigas? Que parte de nosso cérebro mais evoluido permite isso, ou senão, que parte de nosso cérebro mais evoluido ignora aquilo que noso cérebro primitivo nos trás? O medo pode ser benéfico sim, afinal, sem ele, não nos daríamos conta de nossa fragilidade e nossas necessidades, mas nem todos os medos são bons, alguns nos levam a loucura e a morte. Falar de medo pode parecer banal, pois vivemos a tantos anos (milhares, talvez milhões) com ele, que não nos importamos mais. Só ligamos quando ele começa a interferir em nossa vida cotidiana. As fobias e os transtornos, causados ou não por traumas,  são espécie de medos subconscientes, que criam obrigações das quais é muito difícil lutar contra... Mas onde está a nossa evolução de milhões de anos que não impede este evento? Talvez o cérebro não saiba distinguir o medo real do imaginário, o medo ancestral do construido ao longo da vida, e veja todos, como sendo os mesmos, se assim for, dependeremos de nossos instintos para identificar o que é ou não real, o que é ou não "nosso" de verdade. O medo pode ser real, baseado em eventos lógicos que possam pôr nossa vida e a integridade física em jogo, e que possa ferir quem amamos ou defendemos. O medo pode também ser irracional, como invasões alienígenas, medo de monstros, medo do escuro, medo de fantasmas, etc. E os medos que variam entre os dois polos, que são o de falar em publico, de atender telefones, de lugares cheios, de animais, de lugares vazios, de barulho, de silencio, entre outros... Mas independente da forma como os classificamos, medo é medo. Alguns podem se tornar transtornos, como o de um certo rapaz que acreditava que parando de tocar um chaveiro que tinha, o mundo acabaria... Sim, um efeito psiquiátrico, mas está do mesmo modo no sistema do medo.
Esta palavrinha de quatro letras, está em toda parte, em todos os cérebros, em todas as épocas. Se tornou parte integrante da vida em sociedade, e parece ter se tornado mais importante que a própria vida. Mas voltamos a pergunta: Porque?
É bem possível que ainda tenhamos que viver e estudar muito além das experiências para entender o que significa realmente o medo na vida na Terra, mas enquanto isso, devemos tentar vencê-lo, buscando saidas, soluções, buscando entender quando surgiu e o que o iniciou... Cada evento é em si, uma demosntração daquilo que somos por dentro e daquilo que pensamos sobre nós e o mundo ao nosso redor. Analise tudo, e encontrará lá dentro, em seu quarto mental escuro, no fundo de sua mente, o motivo para o que sente. Afinal, qual é o seu medo?

0 comentários: