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 LADO A x LADO B


Yago Costa Souza                


O poder é algo que muitos almejam, seja para interesses próprios ou coletivos, o poder sobre algo ou alguns é uma das maiores, quiçá, a maior arma já criada por nós humanos. E pra se chegar a ele existe apenas a ida, e as consequências dessas tentativas exageradas, e muitas vezes pútridas, de se chegar ao poder estão presentes no dia a dia podendo ser visualizadas a olhos nus. As guerras ideológicas são decorrentes destas tentativas de se alcançar o poder. Persuadir as pessoas, dar esperanças para quem não as tem, não generalizando, mas é a maneira como se faz e já se tem demonstrado o quão eficaz é a pratica. Uma verdadeira ilusão. Assim como existe o inventor, que quer sua criação valorizada e que seja usada para o bem, existe quem enxergue essas invenções para diversos fins, mas se destaca o que enxerga a invenção do ponto de vista prejudicial para com outros semelhantes, por questões territoriais, financeiras, etc. Podemos usar de exemplo Santos Dumont, que se matou ao ver sua invenção ser usada para outros fins. Ou seja, começa com um propósito e com o passar do tempo vem a se deturpar tal visão. Quando cobiçado o poder, o cobiçador não mede esforços pra que este seja alcançado e os maiores prejudicados são os seguidores que o mesmo consegue arrecadar durante sua jornada. Conhecer uma visão e entender seus pontos é diferente de seguir fielmente. Os líderes ao redor do mundo jogam palavras para seus seguidores e fazem com que estes tomem coragem e anuncie a mais pessoas para que estas venham para seu lado, palavras que acabam segregando, criando conflitos, exaltando tudo menos seus ideais. Os representantes destes grupos criam os embates e soltam seus cães, enquanto os mesmos ficam de suas residências comentando e dizendo o quão enorme é a intolerância contra eles próprios e seus fiéis. O maior problema está na intenção destes discursos onde um aponta o dedo para os erros e ações diferentes que não convém ao outro, criando em seus ouvintes cegos uma fúria que de nada adianta, o anseio pelo conflito ao seu inimigo é utópico, não passa dos confrontos de rua que não mudam nada, só pioram a situação. Por trás disso acontece algo muito pior, nessa ‘’era da tecnologia e informação’’ na qual vivemos criou-se outra visão do mundo, e de como as coisas ocorrem nele. Edward Snowden, ex-técnico contratado da CIA e antigo consultor da Agencia de Segurança Nacional, delatou ao mundo um esquema que chocou grande parte da população mundial. Esse esquema tinha como objetivo espionar as telecomunicações de algumas potências, entre elas estava o Brasil. Ou seja, muito melhor que mandar homens para campos de batalhas, perder soldados, gastar dinheiro com armamento e com os resultados negativos dos conflitos e não acontecer novamente o ocorrido nas duas grandes guerras que o mundo viveu, espionar é seguro e te da vantagem sobre seu oponente, antevendo seus passos no cenário político mundial. Mas o que isso tem haver com ideologias, seguidores cegos, discursos de ódio? Tudo. Acobertar um problema com outro, mais ou menos isso. As discussões sobre esses temas dá tempo para os ‘’maiores’’se prepararem para ações diversas contra inimigos de poder. Enquanto a briguinha no playground ocorre por fora, e chama a atenção da mídia, que muita das vezes auxilia nesse confronto, dessa forma entretendo a população e pondo mais fogo na lenha, enquanto a maioria grita nomes, a minoria (porém mandante), que no caso não é oprimida, e é composta por fortes lideranças como os EUA, coloca em prática seus planos de espionagem e arrecada informação de outras potências inimigas. E quando possível lançam, entre esses discursos de ódio, informações para prejudicar o inimigo e tirar vantagem da falha humana, julgar sem conhecer, acreditar muito e não procurar por seus próprios meios. A questão não é não confiar, mas sim, confiar de mais e acabar acreditando em tudo o que escuta. Uma das maiores dádivas é o aprendizado e aprender por seu próprio interesse é essencial para que não sejas um cego que grita nomes em vão e acaba sendo marionete de alguns. Não escolha lados, e mesmo que escolha, procure saber sobre tudo o que for possível em relação a essa escolha e as oposições a ela, tire sua visão dali, crie sua própria ideologia. 

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