PARABENIZANDO 1 ANO DE PSIFUTURE ON LINE

14:55:00 Fabiano L. Lemos 6 Comments

Nos debruçamos sobre o seguinte tema: Cura em Terapia  
Se nos levamos ao bojo de certas correntes que se baseiam  no seculo XIX, em plena capital do império austro húngaro, quando esta ditava as modas e idéias da Europa Oriental, diremos que a análise  tem seus limites. E que, nada mais é que, prescrutar e sondar as  infinidades  dessa  Psiquê  humana, e que seria impossível se falar em cura em terapia,  pois viveríamos em um  mar  de angústias  e repressões, sempre a serem paliativamente despressurizadas pelo terapeuta. É inegável o que estas correntes nos trouxeram de material da psiquê humana, mas seria tão mínimo assim o papel do terapeuta? Se  acreditarmos que o homem esta preso a esse mar de angústias, que seus sofrimentos terminariam com sua finitude humana terrena fisica sim, mas nós que acompanhamos o Blog  há algum tempo, sabemos que o homem não é só  esse poço de dúvidas. Há muito mais nesse quebra cabeças. As ferramentas foram dadas, e as peças da psiquê são humanas,  o quebra cabeças não é de um alien oriano, na verdade são como peças de um grande brinquedo de encaixar , um " lego", onde são  as peças são reconhecíveis, e bem empregadas, podem montar uma infinidade de maravilhas, só que isso depende da pessoa como paciente, como uma troca, e do terapeuta, este em um papel muito mais ativo. Não podemos aceitar um (hum hum ou han han) acertivo, ou esperar que o silêncio gere a angústia que o motive a falar sobre o que aflige nas tormentas do século XXI. As coisas são muito mais graves, e muitos não ousam ir contra,  e como papagaios repetem fórmulas sem questionar sua validade ou conteúdo,  que já se perdem na ida, lá do século XIX. Os que consideram correntes  psicoterapêuticas, religião e  tabu, mudar um grão do que "a" ou "b" disse. Porque eram de certa fama, falo que esse "a" ou "b" são tão humanos como eu ou voçe, recém formandos acadêmicos, o que tiveram como diferença, foram inovar em sua época e de oportunidades .Considerar corrente de psicoterapia como time de futebol, a corrente A é melhor que a B ou C, è inconcebível no seculo XXI já em sua segunda década . Mas é muito comum em meu país e acredito que em outros tambem. Vejam o caso  por exemplo da "Cama de  PROCUSTO". Metáfora mitológica que veio bem a calhar como exemplo, o que estamos discutindo ."Procusto mostrava-se como um estalajadeiro grego, mas na verdade era um bandoleiro que aprisionava os viajantes incautos, que iam sua estalagem e tinham o azar de, nela pernoitar. Procusto .aprisionava os viajantes e os colocava na malfadada "cama de procusto", se por acaso a vítima fosse menor que a cama, colocava a infeliz alma em instrumentos esticadores, até que o corpo dela coubesse na cama em questão,e se por acaso fosse maior, cortava lhe os menbros ate caber. Noite alucinante não?. Pois é, muito terapeutas agem como Procusto, tentam enquadrar o paciente em sua técnica, sem questionar se as " limitações" estão em sua técnica pura e ilibada, que não pode ser maculada por instrumentos de outra técnica, mesmo provado cientificamente que tal instrumento seria mais útil .Por isso me considere além de holístico, sim eclético. Não há pecado nenhum em usar outros instumentos, desde que você tenha a humildade em aprendê-la para beneficiar seu paciente. Albert Schweitzer dizia que muitas vezes o bruxo das tribos tinha mais sucesso com os nativos do que ele, e ele não menosprezava-os por serem de uma cultura primitiva, então, porque eram iguais? Ahh isso? Vejamos a hipnose, é otima com minhas técnicas e pacientes, mas surge o psicoterapeuta "a" ou "b" que vão criar objeções teóricas,  mas estes não descem do seu pedestal para experimentar a técnica, logo, não sejamos procustos em nossas terapias, e lembrando o velho Jung, por mais técnica que tenha, diante de você há uma alma humana igual a sua. Tomamos a liberdade de demonstrar como nossa equipe atua. Os pacientes autorizaram a divulgação de casos.penas com suas iniciais e de seus tratamentos. A mente humana é muito grande para seu estudo ficar preso a ortodoxismos, que engessam a grande exploração dessa psiquê tão infinita, como o macrocosmos, mas,  o Universo tanto o macro como o da psiquê humana não foi feito para temerosos ou receosos, e sim, desbravadores e viajantes. Sigamos em frente nessa viajem eterna. Segue abaixo o resumo de tratamentos e técnicas de alguns pacientes que concordaram com a divulgação.

01 - Relatório sobre Paciente L.S
Evento: Acidente durante uma festa
Tratamento: Musica
Ocorrência: Choque craniano, causando desmaio (sem vômitos).
Situação: Estado de coma espontâneo e respiração por entubamento.
Reação pós tratamento: Obsessão e violência
Histórico: Utilizandos os recursos normais para a situação, L.S recuperou-se em alguns meses, retornando para casa sem sequelas visíveis. Começou uma atividade de vida normal, e meses depois, repentinamente, houve outro desmaio. Levada para o hospital, foi posto em coma induzido. O cérebro inchou, o que tornou necessário uma abertura craniana. Houve sangramento e havia chances de que não sobrevivesse. Meses no hospital e após uma pneumonia, recuperou-se e retornou para casa. O lado esquerdo ficou levemente comprometido, dependendo de fisioterapia. Quando tomou ciência de sua situação, teve acessos de raiva, e pensamentos em suicídio, entretanto, isso foi transformado em obcessão, e passou a querer escrever a todo custo, assim como tentar tocar violão, não conseguindo, seus acessos de violencia e palavras que sugeriam "desistência", deixaram seus pais assustados o bastante para esconder objetos cortantes e perfurantes. A violência em atos e palavras era uma constante, e foi dito que ele jamais retornaria ao estado normal e seria assim para sempre, sem condições de dirigir, trabalhar e ficar sozinho.
Atitude: L.S começou sua própria fisioterapia, tentando, as vezes sem dormir, escrever para recuperar o que podia fazer antes. Um fisioterapeuta foi contratado e sua recuperação, mesmo lenta, foi considerada satisfatória. Mas havia a questão da violencia e obcessão em fazer as coisas sem tempo para parar, a ponto de ignorar horários de alimentação, banho e contato com amigos. Ficou de licença sem prazo definido, para que o tratamento se processasse. Fui contratado para resolver a questão da violencia e de sua obsessão. O primeiro contato foi hesitante e desconfiado, mas depois de saber como ele se sentia, optei por uma forma de tratamento não agressivo, utilizei música instrumental suave. Utilizei vários métodos para eliminar o que o perturbava e transferir sua raiva para uma forma criativa. O mandei fechar os olhos e pus música, de preferência estrangeira, para que as letras não definisse seus pensamentos.
1 - Pedi-lhe para que fantasiasse como se a musica falasse com ele... Houve certa resistência mas com o tempo, ele fantasiava e relatava o que sentia através das fantasias que a musica trazia.
2 - Eu criava os cenários e pedia para que ele se colocasse na fantasia sem modificá-la. Houve durante diuas semanas certa dificuldade, pois os cenários criados se modificavam em sua cabeça. Mas agora ele dominou totalmente os cenários
3 - Passei da música instrumental para a musica popular, e pedia para que sentisse que estava no palco, com uma banda tocando a musica ouvida, ele com o tempo não só sentia o palco, como sentia o público.
4 - O coloquei mentalmente no meio do público, para que ele sentisse como a banda no palco, reagia e os gritos de todos. Ele conseguiu e se agitava.
5 - Coloquei musica e pedi para que criasse um "clip" baseado no ritimo do que ouvia... No início suas visualizações tratavam-se de seu acidente ou da sua separação da esposa.
6 - Nesta fase, eu o colocava para estudar determinado tipo de instrumento, isolando-o dos demais
7 - Estudar a voz do vocalista e analisá-la.
8 - Analisar a música como um todo
No prazo de nove meses, L.S demonstrou perda da violência generalizada e de sua obsessão.
No prazo de um ano e tres meses, L.S já não reagia mais de forma agressiva e passou a se importar mais com sua família e seu trabalho, ao qual retornou e já ia sozinho. Sua inteligencia foi centrada aos estudos, readquiriu o senso de humor e a criatividade. Passando a não se irritar mais e a parar para pensar antes de responder.
Ato atual: O osso craniano que havia sido guardado durante um tempo em sua barriga para resguardá-lo e depois no seu local real, criou inflamação, e teve de ser retirado. Ficou um tempo com a cabeça apresentando certa deformação, mas ao contrário do que se esperava, L.S ficou tranquilo e levou sua vida. Meses se passaram e uma prótese foi posta no local, agora se recupera tranquilamente.
Ato final: Não há mais violencia, não há mais reação grosseira e a terapia com musica e visualização criativa, teve o efeito esperado. L.S, que antes foi dado como um caso perdido, está trabalhando e seu cérebro compensou a "baixa" mobilidade de seu lado esquerdo, fazendo-o escrever com a mão direita e reagir com certa facilidade. Saindo sozinho para trabalhar e já está apto para dirigir.

02 - Relatório sobre Paciente L.V.M
Evento: Sindrome do Pânico
Tratamento: Videos e foco
Ocorrência: Morte do pai
Situação: Fechou-se em casa
Tratamento anterior: Duas visitas ao psicólogo (desistência espontânea do paciente)
Histórico: Durante algum tempo, perdeu tres empregos por que sentia-se mal no ambiente em que estava, e sentia vontade de correr e largar tudo... Ele o fazia.Sua segurança encontrava-se apenas quando estava perto de casa ou de sua mãe, a quem recorria quando se sentia mal. Fui contratado para resolver esta questão e descobri que a perda do pai, o fragilizara o bastante a ponto de só se sentir bem perto de casa, onde poderia se refugiar ou de sua mãe, relacionada com a imagem de família. Resolvi combater o pânico dele da seguinte forma.
1 - Ao sentir-se mal, que ele buscasse algo onde focar sua atenção, um painel, uma pessoa, uma praça, etc., coisas que ele poderia analisar e questionar, tentando ludibriar seu cérebro. Resultados satisfatórios, mas não definitivos
2 - Através de videos, pedi para que analisasse o que via e questionasse as atividades de um determinado personagem. O foco deu resultado
3 - Clips musicais, com o intúito de que ele analisasse o que via e desse o seu ponto de vista da intenção da banda ou do cantor.
4 - Musicas, coloquei duas musicas de mesmo tipo, para que ele as comparasse e mostrasse as diferenças de estilo (Ex: musica sertaneja e musica country) L.V.M não é musico.
5 - Observar detalhes em uma cena aleatória em filmes, clips
6 - mostrar uma parte de filme que não ultrapasse quinze minutos e depois conversar sobre assuntos aleatórios por mais quinze a trinta minutos, e retornando com perguntas sobre os quinze minutos de filme que ele havia visto, para analisar a intensidade de atenção que ele tem. Satisfatório
Resultado parcial: L.V.M está se sentindo mais focado em tudo ao seu redor e tem notado detalhes que antes ignorava, até mesmo na musica que ouve.
Tempo de tratamento até agora: oito meses.
Reação: Não tem tido nestes ultimos seis meses, nenhuma ocorrencia de panico, chegando a ficar sozinho no carnaval, em outra cidade, longe de qualquer membro da família.
Tratamento prossegue.

Como vimos acima, o que foi feito não foi mágica. Não é nada mirabolante,  os instrumentos e técnicas utilizados já existem. Foram sim, juntados e misturados em uma argamassa que saiu  proveitosa em benifício do paciente, e nosso como profissionais psicoterapeutas. Quando você observa resultados onde outros não obtiveram, é algo muito  positivo.  Vejamos o que nós podemos perceber de técnicas e  instrumentos utilizados, quanto a música. Podemos lançar mão da musicoterapia ou arte terapia, quanto a pedir ao paciente para se focar,  lançamos mão tanto da hipnoterapia regular com algumas modificações, tanto da PNL. Mas com enfoque temático  na linha "cognitivo comportamental" sem menosprezar os conteúdos internos e oníricos do paciente. Como dissemos, a mente humana é um universo quase virgem e  intocado, para se desbravar, mas não cabe a  temerosos que fincam sua bandeira na margem do oceano (da mente ) e alegam tomar posse e reconhecer todos os seus domínios... O universo da mente é para ousados, desbravadores verdadeiros e viajantes .  Pensem nisto !!!

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