23:33:00 Fabiano L. Lemos 0 Comments






O CERTO E O ERRADO, O BEM E O MAL
O conceito de um ou de todos?


O que é o certo e o que é o errado? Será que sabemos mesmo distinguir um do outro?  Ou meramente seguimos regras não escritas, determinadas pela sociedade sonâmbula? Não seria de forma alguma incorreto dizer que o bem e o mal são conceitos, ou características ligadas diretamente a nossa natureza. O primeiro passo de uma lei não é pensar na sociedade, mas na auto preservação, na auto defesa, utilizando palavras bem cuidadas para justificar atos nem sempre compreensíveis e partem de nós, de nossa natureza, nosso conceito estas leis. Então estariam os conceitos de bem e mal, ligados aos de certo e errado? É possível, afinal, vemos a vida e buscamos entende-la à partir de nós mesmos. O medo que temos e as dúvidas nos fazem querer subconscientemente no que devemos fazer para nos preservar. Exemplo disso é sabermos que algo de ruim aconteceu com alguém, criamos leis para impedir que ocorre de novo, não porque temos certeza de que era um ato ruim ou errado, mas porque sabemos que pode ocorrer conosco, então nos precavemos disso. Quando aceitamos algo que nos facilita, sabemos que este mesmo pode facilitar outras pessoas, por esta razão, temos tanto cuidado com o que devemos ou não fazer... No mundo real, ninguém leva vantagem em nada, pois o que serve para um, consequentemente pode servir a todos. Consideramos atos como, matar, prender, destruir, escravizar, entre outros, como errados, porque estamos sujeitos a estes mesmos atos, assim como para aqueles atos que consideramos certos, porque não nos ferem. Baseado neste raciocínio, o que realmente sabemos sobre o certo e o errado, se tirarmos a nós mesmos desta equação? Provavelmente nada. Talvez alguém questione, “certo e errado, bem e mal, não é uma questão de consciência? De evolução? De entendimento?” Pode ser, mas como esta consciência se formou, senão de experiências e determinações pessoais baseadas em vivência. A nossa consciência não se formou à partir de uma evolução cósmica, e sim de experiências vulgares e necessárias, como o medo... Este sim, foi o sentimento mais profundo que deu direito as primeiros homens e depois as sociedades de determinar o que era certo e errado, o que era bom ou ruim, ou seja, o que me fere e causa dor ou morte, é ruim, o que me trás prazer, conforto e me favorece é bom. Há dentro de cada um de nós, como se fossem registros ou mesmo herança genética, vindo de nossos antepassados longínquos, algo que nos diz que a vida é importante, algo que nos deu consciência de que existimos mesmo sem saber o motivo, mas temos ciência até certo ponto, de nossa existência, de que a família é necessária, os amigos são uma benção, etc... Mas o que significa realmente isso? A vida nos é importante porque a nossa consciência não vai além daquilo que vemos e experimentamos o que significa em outras palavras, que é tudo o que temos e não queremos perder. Podemos até mesmo arriscá-la ou dá-la em troca da vida de outro alguém, porque subconscientemente desejamos uma forma de recompensa por isso. A família simboliza que pessoas com propósitos idênticos se unem para dar sequencia a raça, gerando filhos e os ensinamentos de como ser um membro do planeta onde vivem. Através da família mantemos vivo o nosso DNA e nossa espécie, nos perpetuando mesmo depois que morremos. Os amigos são um caso mais complexo, pois serviam ancestralmente como meio de defesa... Se temos aqueles a quem podemos chamar de amigos, então eles são nossa defesa, são aqueles que não nos permitem sentir solidão, outro medo humano e são aqueles a quem podemos confiar segredos, isso é defesa da sobrevivência.  Este pensamento é errado? Duro? Pode ser, mas se olharmos a vida humana sem romanceá-la, vemos o que somos realmente. O homem que luta por seus filhos e família (salvaguardando seu DNA) pode ser o mesmo que matará os filhos e a família de outro. Então, o bem e o mal estão dentro do mesmo sistema, o certo e o errado são pontos de vista... Desta forma, retorno a pergunta: O que é o certo e o errado? O que é o bem e o mal? Este contexto de dualidade está inserido na vida humana de muitas formas, pois em tudo vemos o conceito da dualidade, de tal forma que não questionamos mais o seu significado, apenas seguimos as regras, de forma mecânica, dormindo, longe de sabermos a verdade ao nosso redor, daí, o que fazemos com tudo isso no nosso dia a dia, faz surgir uma nova pergunta: Haveria desrespeito, medo, traição, violação, corrupção, morte se os conceitos de bem e mal não existissem, ou tudo isso seria parte de nossa vida cotidiana como algo comum? Quem sabe? Talvez exista tanta complexidade em nossos pensamentos, ações e no entendimento de nossa própria existência, que, se tais conceitos não existissem, criaríamos outros equivalentes. A verdade ´que pensamos à partir de nós, para fora... A bondade nada mais é que uma espécie de esperança de retorno de nossas ações e a maldade, é o recurso do medo que sentimos por sabermos como somos por dentro e espelhamos isso nos outros. Certa vez ouvi alguém dizer que, “ a felicidade de um, é a desgraça de outro”, será? Não seria olhar a desgraça do outro e dizer, “dessa eu escapei?” Independente de filosofarmos sobre isso, a pergunta permanece em aberto e cada um terá sua própria resposta, não havendo neste momento um que seja certa e uma que seja errada, reagimos ao mundo conforme nós o entendemos... O que é o certo e o que é o errado? O que é o bem e o que é o mal? Não estou fazendo conceituações religiosas, mas sim, pessoais... No sentido de que cada um tem sua própria forma de entender isso e agir conforme compreende. Afinal, mudam as formas de pensar sobre algo, mas a base do questionamento continua o mesmo. Pensem!


Emilson Oak - 2015

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23:10:00 fallemospsi 0 Comments

O QUE SOMOS?

Não faz muito tempo e escrevi sobre estarmos andando em círculos ou em espiral, sei que muitos não compreenderam a questão de não estarmos evoluindo da forma correta, pois nos preocupamos em crescer tecnologicamente e esquecemos que somos mais que aparelhos. Poucos parecem não ter entendido o significado destas figuras de linguagem, o círculo e a espiral representam se andamos dando voltas ou se seguimos adiante. Tecnologicamente estamos em espiral, não importando se isso ocorre por evolução própria, ou se estamos sendo guiados. O intrigante é perceber que apesar de tanta evolução técnica adquirida em tão pouco tempo, nós como seres humanos, não melhoramos em nada, apenas refinamos nossa grosseria, matamos com mais tecnologia, com mais cuidado. A política continua a ser um jogo de varias faces, a religião mantém sua escravidão pelo medo. Desde de pequenos, os seres humanos recebem “condicionamento” familiar para ser sempre o melhor, um vencedor, estar sempre competindo contra alguém, e algumas vezes contra ele mesmo. Tem que ser o mais bonito, o mais inteligente, o mais capaz, o mais rico, o mais forte, o mais tudo, mas numa terra onde todos são fantásticos, o extraordinário é quem não é nada, então andamos em círculos. O ser humano só entende o que realmente é e acaba se mostrando para os demais, quando ele fracassa, quando vem o choque de realidade, quando ele entende que não é tão superior quanto imaginava, ai suas ações são complicadas, pois aflora o que ele ainda é por dentro. Fica irritado, selvagem, arredio, violento, estúpido... Aonde isso se encaixa com a tecnologia que cresceu tanto, e a fantasia de querer entrar em contato com “seres elevados”? Curioso não? É provável que vocês olhem meus textos e acreditem que venho aqui para reclamar d ser humano e mostrar apenas o que há de ruim... Não, mesmo que pareça isso, o que quero fazer é desmistificar o que vejo por ai.
Quero mostrar o que o ser humano é na verdade e que, desta forma, possa tocar o ponto certo em alguém que vai dar o primeiro passo para mudar. E quanto a mim, o que estou fazendo? Estou dando meus primeiros passos para mudar, chamando todos à realidade. Não fiz nenhuma grande descoberta, todos os grandes filósofos dos quais nunca serei um, já mostraram isso, mas o ser humano tem uma grande capacidade de ignorar o que esta diante de seu nariz. Hoje se falamos de religião, feriremos as pessoas, pois já perdemos a capacidade de discutir sobre o que nos interessa, ou você fala a favor de algum grupo ou de todos, ou se cala, pois ninguém quer perceber que de alguma forma possa estar errado em suas convicções. Se você fala de política, alguém se encarrega de coloca-lo em algum grupo de direita ou de esquerda. Se falamos sobre sentimentos somos vistos como românticos ou frios... Aonde foi parar a discussão, o embate de idéias, a troca de informações sem que alguém se sinta ferido. Há medo de falar de racismo, o assunto é de vidro, você diz o que pensa e pode ser visto como racista, se falar de sexualidade, de gays, travestis, lésbicas, você pode ser visto como homofóbico, porque não tem mais o direito de ter opinião própria, tudo fere alguém...O que está havendo conosco? Nosso medo é tão grande que temos que nos proteger assim? Uma sociedade falsa, uma sociedade onde cada pessoa tem que guardar para si e comentar somente dentro de sua casa como entende o mundo ao seu redor? Ficamos tão burros que esquecemos que uma sociedade é feita pela troca de idéias e de informação, que podem não ser do agrado de todos? É isso que somos? Uma sociedade de medrosos? Grandes nomes da história hoje são falados, são emprestados seus nomes a ruas, museus, salas, prédios, mas o que fizeram de tão importante que mais ninguém possa fazer? Nada. A nossa sociedade se especializou em não fazer nada e reverenciar quem faz alguma coisa, ai os chamam de gênios, de homens de coragem, de guerreiros da paz, de lutadores, de libertadores... Não podemos discutir ideias, não sabemos fazer nada e vivemos de falsos heroísmos.
Nos armamos não porque se faz necessário, mas porque temos medo. Somos uma raça cheia de interesses obscuros, cheia de necessidades de sermos os melhores, de que sejamos aceitos e que nossas ideias sejam abraçadas por todos... Gostamos da fama, de dizer que vencemos, mesmo sem saber o que realmente estamos vencendo... Lutamos uma suposta batalha que não é nossa, entre o bem e o mal, como sugerem as religiões, mas pergunto, que batalha é essa? Quem começou? Como sabemos qual o lado certo? O que houve com seres superiores que não conseguem resolver suas questões e nos envolvem nelas? Este é um mundo de fantasia, estamos todos dormindo, cada um vivenciando seus próprios sonhos sem sentido e se agarrando a eles, porque é tudo que conhece, que julgam entender... Mistificamos as coisas para que elas tenham mais valor, elevamos os acontecimentos para nos sentirmos cuidados por algo fantástico que zela por nós... Mas porque zela por nós? Contra o que, contra quem? Não seria mais fácil eliminar o problema do que ter que ficar de guarda cuidando de nós? Bem, deixa isso pra lá, cada um tem sua visão e seu entendimento sobre isso, e para cada um, esta é sua verdade. Não cabe a mim ou a qualquer outro destruir isso. Mas como poderemos evoluir se tudo que fazemos é viver numa fantasia que nós mesmos criamos e ainda tentamos enganar o nosso semelhante para que sejamos nós os favorecidos? Como se vive assim e se pode aguardar pela paz? Pelo crescimento? Pela evolução? Estamos sim, andando em círculos, e cada vez que passamos pelo ponto de partida, acreditamos que é a primeira vez. É como colocar uma roupa humana num cachorro, camisa, short, sapatos, enfeitá-lo como se fosse uma pessoa, mesmo com tudo isso, sempre será um cachorro. Nós somos assim, temos tecnologia e basicamente a cada dia uma nova aparece, estamos quase vivenciando os filmes de ficção cientifica com todos aqueles aparatos tecnológicos que podem fazer mil coisas, mas continuamos os mesmos. Falta alguém nos recriar e nos dar condições de auto evolução, isso está faltando. Se usarmos a teoria cientifica da evolução do macaco, fica claro que se o macaco evoluiu até chegar ao que somos, então alguma coisa parece ter falhado ou acabado, pois paramos no meio do caminho. Talvez a evolução não tenha dado certo e este é o estágio final... Conjecturas afinal. Uma pergunta de suma importância não é “quem somos?” isso pode ser facilmente explicado por varias linhas de raciocínio, mas a pergunta correta seria... “O que somos?” Talvez sejamos apenas o que cremos ser, ou quem sabe ainda não achamos como dar o próximo passo, entretanto, não explica o que somos, pois para isso teríamos que achar o “nosso criador” se houve um, apartir dele sim, teríamos a resposta, fora isso, o que temos são mitologias para explicar o que não pode ser explicado.
Seria o mesmo que perguntar, porque as estrelas tem quer quentes e não frias? Porque os planetas não geram suas próprias fontes de sobrevivência sem a necessidade de haver uma estrela para gerar calor? Porque não conseguimos ainda nos espalhar pela galáxia? Pois os prognósticos são muito ruins e podemos deixar de existir antes de tomarmos o Sistema Solar para nós, imagine a galáxia. Se parássemos de ser tão grosseiros, irascíveis e belicosos, quem sabe o que a humanidade poderia criar e aonde já teríamos ido unidos? O mundo de fantasia e de enganos é nossa realidade, nossa casa, nossa crença, nossa religião, nossa pátria amada, nossa vida... Temos que acordar e nos auto conhecer. Nos unir como membros de um só corpo e crescer, mas enquanto isso, para entender onde estamos, o que é realmente vida, se ela existe ou se vivemos na crença de que estamos vivos, temos que saber... O que somos? Pensem!

Emilson Oak - 2015


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