A Realidade que cremos conhecer

21:28:00 Fabiano L. Lemos 4 Comments




A Realidade (do latim realitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o que existe". Em seu sentido mais livre, o termo inclui tudo o que é, seja ou não perceptível, acessível ou entendido pela ciência, filosofia ou qualquer outro sistema de análise. O real é tido como aquilo que existe, fora da mente. Ou dentro dela também. A ilusão, a imaginação, embora não esteja expressa na realidade tangível extra-mentis, existe ontologicamente, onticamente* (relativa ao ente ou seja: intra-mentis. E é portanto real, embora possa ser ou não ilusória. A ilusão quando existente, é real e verdadeira em si mesma. Ela não nega sua natureza. Ela diz sim a si mesma. A realidade interna ao ser, seu mundo das ideias, ou seja, enquanto ente fictício, imaginário, idealizado no sentido de tornar-se idéia, e ser idéia, pode - ou não - ser existente e real também no mundo externo. O que não nega a realidade da sua existência enquanto ente imaginário, idealizado.

Voce acorda e seus olhos se abrem para o que se convencionou ser realidade, ou seja, tudo aquilo que está diante de voce e que crê compreender.
Mas nossa sociedade  caiu na armadilha conceitual cientifica de Rene Descartes, o mundo dito cartesiano, o conceito tão falho!! Segundo essa lógica o que não é mensurado, pesado, replicado em laboratório, ou está denrtro do espectro de nossos sentidos, é falho... Mas nossos sentidos também são tão falhos, errôneos. Enquanto isso percebemos a realidade de forma tão estreita, como  a visão, que não captamos o infravermelho  e o ultravoileta, e nos escapam na audição os infrasons e ultrasons, também nos escapam os Raio X, Raios Gamas e Ondas de Rádio, que nos bombardeiam diretamente, desta forma, elas tambem não estariam dentro da realidade, mesmo que não a vejamos? E quanto ao mundo microscópico que fervilha de vida em uma gota d'água? Quer dizer, não temos percepções de dimensões intangíveis e inacessíveis. O que dizer daqueles que vêem por relances e soslaios, outras dimensões, e são considerados pelos ditos "normais", muitas vezes como delirios... Seriam mesmo? E como explicar o mundo espiritual dos xamans? Lá atrás em 1929, Berger inventava a máquina de EEG (Eletroencefalografia), maravilha dos neurologistas por muitas décadas, agora caindo em descrédito por conta das novas tecnologias de escaneamento do cérebro, tal como, a Ressonância Magnética que inocula ínfimas quantidades de antimatéria no organismo.  e a Tomografia, voltando ao "velho" EEG, ele mensura as ondas mentais emitidas pelo cérebro, e se estipulou as faixas de ondas, e como a pessoa se comportava de acordo com estas ondas, se rascunhou um estudo naquela época, pena que este estudo não se aprofundou como deveria ser, entendeu-se que: Ondas Beta - Vigilia, Ondas Theta - Sono profundo ou pesado e Ondas Alfa - Estado de Sonho ou Estado Alterado de Consciência, ora, um sonâmbulo não esta vivendo uma realidade alteradissima, devido a uma disfunção em sua variação de modulação de ondas cerebrais?
E apenas para pensar, não poderíamos emitir ondas assim como um rádio? E se pudéssemos aferir esta modulação, não seria um passo para a telepatia? E se pudéssemos através do próprio "rádio", não seria interessante a telepatia tecnológica, sem poderes especiais... Poder ler pensamentos através de máquinas? Um sonho ficcional do homem ainda impossível hoje em dia, assim como voar, foi no passado. Questionamentos... Questionamentos que nos levam além. Como seria dizer para um cego de nascença, de forma que ele possa compreender, a cor vermelha por exemplo, como esperar que ele possa mensurar em seus sentidos como é o vermelho? Teria ele condições de desarquivar informações de sua vivência passada para compreender o mundo ao seu redor? Vamos ver estes assuntos tão simples e tão complexos ao mesmo tempo.
Quando se fala de realidade, devemos antes de tudo entender que ela pode ter diferentes formas de entendimento. Aquela que nossos olhos vêem e aquela que nosso cérebro capta. A realidade é criada a cada segundo baseada em informações que são recebidas o tempo todo do turbilhão de possibilidades criadas por nós e outras pessoas. Existe uma questão interessante que é a informação básica que são distribuidas de mente para mente, e elas se perpetuam, mas para se tornarem válidas, necessitam de outros sentidos, tais como a visão, audição, tato, paladar e olfato, quando quebramos uma delas, a realidade muda para nós, principalmente a visão, que compõem a estrutura do universo ao nosso redor. A realidade que construimos tem muito a ver com a nossa compreensão do mundo que nos cerca, da forma como vemos as pessoas, as cores, as formas, etc., quando consideramos o que é real e o que é fantasia, a verdade está apenas no trato daquilo que é o básico, o comum a todos, o que dá forma estrutural convencional para as pessoas, do mundo ao nosso redor, o que ultrapassar o básico, se torna a fantasia, mesmo que esta não seja necessariamente fantasia. O médium vê e sente coisas que as outras pessoas não vêem ou sentem, como diferenciá-lo dentro do contexto de realidade, de um esquizofrênico que também vê e sente coisas? A realidade é para cada um, uma experiência diferente, por isso vemos uma pessoa que alguns diriam bela, e a temos como feia, vemos um quadro e entendemos a figura, enquanto outros não vêem nada. Um perfume que agrada a uns e desagrada a outros, e assim sucessivamente. O mundo, o universo é formado por moléculas que estão vibrando e se comportam, de maneira diferenciada e por estarem também no "microuniverso", nós, do "macrouniverso" vemos apenas o que estes grupos de moléculas formaram, ou seja, uma pessoa, uma mesa, uma cadeira, uma pedra, etc., mas são apenas moléculas... Em que parte de nossa realidade foge de nós, a verdade de que o mundo que está ao nosso redor, é inacreditavelmente diferente daquele que vemos e conceituamos? Nossa mente busca a cada nova informação, compará-la com informações mais antigas, com formas, cores, cheiros, tamanhos, estruturas de forma geral, então, nossa mente dá forma a aquilo que estamos vendo, assim, acreditamos muitas vezes estar vendo uma coisa, e outra pessoa olhando a mesma coisa, vê outra. Minha realidade, sua realidade, são sistemas particulares, que interagem com a formação básica que é imutável. Mas o que seria esta formação básica? Existem coisas que são imutáveis, ou seja, uma mesa, sempre será uma mesa para todas as pessoas do planeta, salvo para os cegos de nascença, que terão dificuldade de entender a forma, ou a cor que jamais viram, mas mesmo para eles, a estrutura é idêntica a que conhecemos. Mesmo que não se possa ver, uma cadeira, será sempre uma cadeira, pois pode ser sentida pelo toque, e através dele, formar na mente, a forma. Entretanto, temos um problema, existem coisas acontecendo ao nosso redor, que mesmo o cérebro captanto, ele opta por ignorar, porque não considera necessário, viável, ou por ele mesmo não ter uma informação mais lógica, prefere deixar de lado. Há muito mais do que podemos ver, há muito mais do que podemos ouvir, há muito mais do que podemos tocar, sentir, provar... Há muitas fases de realidade, como se fossem milhares de laminas, na qual vivemos em uma delas, e cada uma, vibra dentro de sua própria natureza, cruzando-se as vezes, e provocando assombro em nós. Mas estão todas lá, existindo... Cuidado quando definir o que é real e realidade, pois fora do básico, a realidade é uma percepção particular e que pode jamais ser aceita ou entendida por outra pessoa. Talvez sejamos uma raça de loucos, de esquizofrênicos, cheios de síndromes disso e daquilo, talvez vivamos em nosso próprio universo, sozinhos, e crendo estar vivendo em comunidade, talvez sejamaos nós, cada um de nós, uma espécie de deus, vivendo seu sonho ou seu desejo, compondo-o com pessoas, animais e todas as formas de sensações e experiências que desejamos vivênciar. Talvez voce esteja sozinho agora, imaginando e validando sua imaginação de estar lendo este texto... Pense bem, o que é realidade senão um conceito abstrato? Não pode ser pesada, provada, sentida, replicada e nem mesmo velidade como algo real... Por uma razão simples, quando validamos como correto ou errado alguma coisa, assim como possível e impossível, usamos outras informações para compar, analisar e dar forma... Como e com que comparamos a realidade? Pense nisso!

4 comentários:

grasielle disse...

Grasielle Pimentel É para refletir mesmo:"O MEDIUM e o ESQUIZOFRÊNICO..." Quem ou oque foi usado como parâmetro de normalidade,ou ao menos,de comportamento aceitável?Quem avalia é 100% normal?
25 de Abril às 03:09 · Curtir (desfazer) · 1

Luana Inácio disse...

Muito boom o textoo, adorei e recomendo

Wakan disse...

Muito bom, Parabéns!

Wakan disse...

Parabéns!
belo texto!