Reflexão sobre Nós
Mais uma vez vou falar sobre um assunto controverso e mais comentado
desde a década de 40, os OVNIs, ou Objetos Voadores Não Identificados. É claro,
o significado em si não é muita coisa, basta apenas que algo apareça no céu sem
uma identificação lógica para ganhar este status, mas se olharmos mais adiante,
a preocupação passa a ser com os seus possíveis “pilotos”, o que nos leva a
duas antigas e talvez agora desinteressantes perguntas... “Estamos sozinhos no
universo?” “Eles estão entre nós?” Observando com atenção estas perguntas
pode-se ver como no fim, elas são irrelevantes. A primeira requer uma reflexão.
Somos menos que um grão de poeira dentro de nossa galáxia, a Via-Láctea, e
considerando o universo por seu tamanho provável, a galáxia é menos que o
tamanho da cabeça de um alfinete, no grande mar de galáxias de todos os
tamanhos, então, como poderíamos ser os únicos seres vivos num universo
impossível de alcançar? Talvez isso sirva de explicação, ou base para uma. Já a
segunda pergunta nos trás duas outras linhas de raciocínio rápido, pois, se
eles estão entre nós a muito tempo, no que diferencia sabermos disso? Sei das
implicações governamentais e religiosas diante de tal situação, mas não mudaria
nada sem uma prova definitiva e conclusiva e a segunda linha de raciocínio
seria o cultivo do medo. Entretanto, se nos basearmos nos filmes, livros e
supostos relatos de abduções, a pergunta que realmente teria uma relação direta
diante do medo e o receio demonstrado em todas as partes do planeta seria, “O
ser humano quer mesmo encontrar tais
seres alienígenas, cujo a tecnologia os fez capazes de viajar longas distancias
pelo espaço para chegar aqui, onde a raça humana está ainda em estágio
inicial?” Segundo a teoria do “Astronauta do Passado” as religiões e as
mitologias de muitas sociedades não foram baseadas em seres divinos e sim em
visitantes do espaço, que aqui foram tornados sagrados pela população antiga.
Possível? Sim, afinal, há tribos africanas que reverenciam um avião feito de
palha, à imagem do real, ao qual consideram como um “pássaro que trouxe os
deuses do céu para a Terra”. Mas vamos a outra questão também interessante...
Muitos dizem que alienígenas não existem, que é história da mídia, histeria
coletiva, crendice, afinal precisam ver para crer. Certo, se isso é verdade,
porque tantos governos tem programas ditos secretos, para investigar estes
fenômenos, com recursos de milhões de dólares? Porque tantos materiais,
filmagens e fotos simplesmente desaparecem? Porque tanta gente desapareceu ou
morreu para que o segredo se mantivesse? Se é tudo mentira ou fantasia, porque
é investigado por agencias de inteligência e por supostos grupos ufológicos
autônomos com recursos secretos? O que se descobre de verdade no fundo de tudo
isso é o medo de algo que já se sabe existir, e se faz silencio porque há o
interesse em possíveis tecnologias. O ser humano não busca se aprimorar, busca
sim, tecnologia alienígena, porque, quem a tiver, consequentemente dominará o
mundo. Ah, então tudo isso é por poder? Por domínio? Talvez seja, depende de
quem estiver no comando.
O panteão de deuses latinos (politeísmo romano), gregos, escandinavos,
persas, orientais, africanos, etc., seriam uma boa história para os jovens e
forma de manter a cultura de um povo, mas independente de nomes que estes
deuses tenham e das vestes que usavam, seriam insignificantes se não fossem tão
fantasticamente parecidos. A hierarquia entre eles, os deuses menores, os
semideuses, os demônios e os seres da natureza... Todos seguindo o mesmo padrão
em todos os lugares... Porque? Teriam os povos do passado visto a mesma coisa e
feito relatos segundo suas culturas? A mitologia judaica, palestina, os Incas,
os Maias, os egípcios, os neozelandeses, até os índios das américas, aconteceu
a mesma coisa. Como? Isso então nos leva ao seguinte pensamento: “A raça humana
é a mistura de seus genes com a genética alien, e há vigilância constante, como
fariam bons cientistas que buscam resultados previstos em um experimento. O
desejo humano de ir as estrelas e ver outros seres, é sua herança gritando em
seu DNA mestiço. Os velhos anjos e demônios, não passam de facções em guerra,
usando tecnologias e conhecimentos que, para o homem ainda primitivo tem cunho
divino ou de feitiçaria, de terror profundo ou de beleza indescritível, então,
baseando-se nesta linha de raciocínio, a questão alienígena não é alienígena, a
questão OVNI não é OVNI, a questão é totalmente humana. O que o ser humano faz
com o que sabe, o que faz com o que sabe, com o que vê, como usa sua fantasia e
como nela acredita.
A raça humana busca sua própria validade, busca entender o seu lugar no
universo e o motivo de estar aqui, para isso, investe no que não conhece, mas
que sente dentro de si, esta atração, este medo, esta obsessão louca de saber
sempre mais, mesmo quando tudo parece desfavorável. O ser humano esquece que
são feitos dos mesmos “materiais” e moléculas que formam os planetas, as
estrelas, os asteroides, as nebulosas, ou seja, somos feitos da mesma matéria
prima que formou o universo, assim sendo, temos em nós as respostas para todas
as perguntas que são feitas através dos séculos. O medo e a hesitação não
passam de negações, ferramentas de defesa para que o ser humano não se fira com
a verdade que foi escondida com milênios de mentiras e segredos. O ser humano
não está sozinho no universo, o egoísmo nos faz pensar que sim, mas a verdade é
que existem muito mais do que apenas nós no universo, e que o conhecimento
disso seria o bastante para pôr por terra toda a divindade e religiões pelo
mundo, assim como desmantelaria toda a politica e a paz mundial. O ser humano é
uma invenção, uma criação, uma brincadeira séria, que pode ter sido feito
apenas para teste de tecnologia, para um programa ainda maior de ciências ou
para salvar alguma raça decrepita, pouco importa isso na verdade, ainda assim,
não ajuda a raça humana a crescer diante daquilo que sente dentro de si, que é
seu caminho, trilhado sozinho. Saber explicar quem somos, é simples, saber
explicar o que somos é a grande pergunta. Debatam a questão da existência, não
presos a falsos moralismos e convenções e regras radicais e baseadas no medo,
supostamente divinas, mas através de sua busca interior de sua própria
consciência, de sua própria existência. A evolução não está presa a regras, ela
se auto define, e se não houver liberdade de pensamento, se houver medo,
hesitação, a fantasia negativa e o terror, a mente será subjugada pela fraqueza
de séculos de inverdades e brutalidade psicológica e cultural. Não sejam
patéticos cordeiros ou ovelhas sempre prontas para serem guiadas, nem mesmo
sejam lobos estúpidos... Sejam vocês mesmos, com suas perguntas e respostas,
pois ambas está dentro de cada um. Pensem nisso.
Emilson Oak
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