segunda, dezembro 24, 2012 repostagem oportuna de 24 de dezembro de 2011 criosamente !!1
Nossas ações são observadas nesta época?
Observando
atentamente, com olhar psicológico, vemos algo muito curioso nesta data
que corresponde ao período de Natal e Ano Novo... Nesta época, todas as
pessoas parecem reagir de forma interessante. Estão mais sucetíveis a
"bondade", falam mais de "amor", alguns chegam a esquecer, mesmo que por
tempo limitado, suas diferenças. Outros no entanto, entram num sistema
de depressão e tristeza profunda, estas ligadas a perdas de entes
queridos, ou relacionamentos mau resolvidos, mas qual a comparação deste
momento com os demais meses do ano? Nesta época, há uma atmosfera
curiosa, uma espécie de "magia" no ar. Que magia é essa? Será que
fantasiamos este momento como o de uma salvação pessoal? Se for assim,
porque buscamos tanto redenção, somente nesta época do ano e não no ano
todo? è comum e correto pensarmos que há questões religiosas que
influenciaram as questões psicológicas, e estas nos regem e direcionam a
uma situação de "mea culpa" quando estamos para mudar de ciclo.
Fazemos
escolhas controversas, tomamos decisões duvidosas e agimos na maioria
das vezes, de maneira grosseira, sempre exigindo o que não somos capazes
de fazer, e obrigando ao outros, a fazer o que jamais faríamos. Somos
complicados e não fazemos o menor esforço para mudar, mas quando chega
nesta época, nos sentimos diferentes, uma diferença psicológica, como se
a mera mudança de nossos atos neste curtíssimo momento, pudesse
desfazer o que fizemos de errado, uma forma de redenção. Religiosos
seguem doutrinas que os impelem a determinados rituais que podem ou não,
segundo o entendimento de cada um, a busca de salvação, o que os daria
no Ano Novo, a oportunidade de "zerar" seus "pecados", isso é até
compreensível, mas o que dizer daqueles que são religiosos de ocasião e
os que não se importam com isso e ao chegar nesta época mudam suas
atitudes? O que há de ancestral nestes atos? Será que todos agimos
assim, porque durante os anos foi impresso em nosso DNA, esta forma de
agir? Usamos a nossa herança genética, nos dada por ancestrais distantes
como uma atitude programada da qual não temos noção exata? O que
significa esta nossa maneira de agir e nossos atos de reconciliação, que
parece durar no mínimo até dia 26 de dezembro e no máximo até dia 2 de
janeiro? Seria esta época, realmente mágica e capaz de mexer com pessoas
mais sensíveis, a ponto de mudá-la e torná-la amável e mais educada?
Talvez.
Sendo ou não uma questão
de herança genética, religiosidade, psicologia, ou mera reação coletiva,
o fato é que ocorre, e ao menos neste momento, tudo parece atingir
algum significado lógico, que nos afasta mesmo que por um curtíssimo
período do caos. Não queremos e sabemos disso, viver dentro de um
sistema caótico do qual não temos controle, isso é ruim, pois não
gostamos, isso é natureza humana, de não ter controle das coisas... Um
paradoxo é claro, se todos tem controle de algo, criamos caos, se
ninguém tem controle de nada, criamos caos, assim abrimos portas para
que o controle passe a alguém... A mídia, as igrejas, aos políticos...
Pouco importa, o certo é que acontece. Não teremos meios comuns para
determinar o que nos move a certas atitudes, mas podemos, cada um de
nós, tentar entender o porque assumimos certas posturas em determinadas
épocas do ano.
A observação de
nós mesmos, é uma forma de auto conhecimento, algo que precisamos,
principalmente porque estamos tão acostumados a julgar os outros e
esquecermos de nós mesmos. A atenção a nossa vida, faz-se necessário,
para que não venhamos a praticar erros, pelo menos os mesmos que nossos
ancestrias praticaram, e podermos dentro de um contexto de "verdade",
tentar mudar o futuro. Sermos o que somos durante todo o ano, seria por
si só, um ato de realidade, e não esperarmos psicologicamente que o
Natal chegue e assim o Ano Novo, para parecermos "perfeitos", "mudados" e
em busca de "salvação". Agora, parece também fazer sentido a filosófica
frase: "conhece-te a ti mesmo". Pensem sobre isso!
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